Os olhos são a janela da alma e o espelho do mundo. Entretanto, com o passar dos anos, o brilho dos nossos olhos podem ser ofuscados pelas pálpebras caídas, “cara de choro” e excesso de pele nessa região ocasionados pela radiação solar, ação da força da gravidade, a perda da elasticidade da pele e tantos outros motivos que causam o envelhecimento facial.
É assim que a dona de casa, Carminha Cruz, de 78 anos, define a expressão que imperava em seu rosto antes de se submeter a blefaroplastia. “Eu não gostava de me olhar no espelho por causa da cara de choro. Dava a impressão de que eu vivia em sofrimento. Minhas filhas quando vinham me visitar perguntavam o motivo de eu ter chorado. Parei de me olhar no espelho e usava sempre óculos escuros para não mostrar os olhos inchados”, revela.
Mais do que uma questão estética, Dona Carminha relata também que passou a sentir dificuldades para enxergar e por isso procurou a oftalmologista especializada em plástica ocular, Dra. Tânia Nunes, que a encorajou a realizar o procedimento cirúrgico. “Quando fui à médica tinha muitas dúvidas, mas ela me passou tranquilidade e confiança. Saí da consulta decidida a fazer a cirurgia”, conta.
De acordo com a Dra. Tânia Nunes, a blefaroplastia é a cirurgia plástica que melhora o aspecto das pálpebras superiores e inferiores, eliminando bolsas de gordura, rugas e flacidez, que proporciona o rejuvenescimento da região em torno dos olhos. Para a especialista, a cirurgia deve ser motivada quando o paciente percebe o incômodo, seja pelas novas rugas, sulcos, bolsões ou excesso de pele até os casos mais severos em que há comprometimento da visão.
“Nos casos mais graves, o paciente pode apresentar sintomas funcionais, como uma pálpebra superior mais pesada, que atrapalha a sua visão periférica ou até mesmo ‘empurram’ seus cílios de encontro aos olhos causando uma sensação de ter que ‘esfregar algo para fora dos olhos’. Além disso, o paciente pode sofrer também de fortes dores de cabeça”, detalha e acrescenta que, antes de se submeter à cirurgia, o paciente deverá passar por uma avaliação oftalmológica completa e um pré-operatório minucioso (hemograma, coagulograma, risco cirúrgico, controle da pressão arterial).
A cirurgia
O procedimento cirúrgico é realizado sob anestesia local e de forma ambulatorial. Segundo Dra. Tânia, não é necessária a internação e o paciente vai para casa com os olhos destampados. Mas, cuidados devem ser tomados, como por exemplo, dormir com a cabeça levantada na primeira noite do pós-cirúrgico, aplicar continuamente compressas geladas sob o local da cirurgia e é recomendado o uso de óculos escuros para proteger os olhos da luz e do vento e claro, evitar a exposição ao sol.
Ainda assim, é possível retornar à rotina três dias após o procedimento. Todavia, a médica explica que é normal que o paciente sinta um leve desconforto no pós-cirúrgico. “As pálpebras apresentam um tecido muito fino, que faz com que qualquer traumatismo deixe equimoses (manchas roxas), cuja intensidade varia de pessoa para pessoa. O inchaço costuma ser mais intenso nos cinco primeiros dias e durante algumas semanas haverá um inchaço residual discreto”, explica.
Para Dona Carminha, o resultado de um olhar mais natural e jovem compensou em muito o pequeno desconforto do pós-cirúrgico. “Minha recuperação foi ótima. Quase não senti o desconforto pós-cirúrgico. Valeu muito a pena. Sempre que alguém elogia, conto sobre a cirurgia e aconselho todo mundo a fazer. Fiz as pazes com o espelho, não me escondo mais atrás dos óculos escuros, ganhei autoestima”, finaliza.
Fonte: Portal HOS