O fator desencadeante da Retinopatia Diabética é o Diabetes Mellitus (DM). A doença é a causa mais freqüente de cegueira nos países industrializados, sendo responsável por 30% dos pacientes cegos.
As alterações oculares, decorrentes do Diabetes Mellitus, que podem conduzir a cegueira são: Retinopatia Diabética (que é a principal complicação), catarata, glaucoma e neuroftalmopatia.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, 85% dos casos da doença se manifestam após os 40 anos de idade, e apenas 5% antes dos 20 anos. A Retinopatia Diabética ocorre em quase todos os pacientes com DM tipo 1 e em mais de 60% dos pacientes com DM tipo 2.
Outros fatores que contribuem para um aumento nos casos da Retinopatia Diabética são tabagismo, hipertensão arterial e processos inflamatórios e infecciosos crônicos associados.
Estima-se em 5 milhões o número de casos de Retinopatia Diabética no Brasil.

Causas e Sintoma

O diabetes é uma doença que afeta os vasos sanguíneos do olho.
Um material anormal é depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da retina, que é a região conhecida como “fundo de olho”, ocasionando deformidades classificadas como microaneurismas. Esses microaneurismas freqüentemente se rompem ou extravasam sangue causando hemorragia e infiltração de gordura na retina. Existem duas formas de retinopatia diabética: exsudativa e proliferativa. Em ambos os casos, a retinopatia pode levar a uma perda parcial ou total da visão.

A Retinopatia Diabética leva a cegueira?

Sim. Dependendo da área afetada do olho, da forma e do tempo de manifestação da doença e do descontrole do diabetes.

Existem sinais de alerta do diabetes?

A rápida necessidade de constantes mudanças no grau dos óculos é um sintoma ocular que induz o indivíduo a procurar o oftalmologista. Além da diminuição da visão, o paciente deve estar atento à presença de distorções nas linhas retas e percepção de pontos pretos no campo visual, que podem significar o início da doença.

Como é feito o diagnóstico da Retinopatia Diabética?

O diagnóstico clínico é feito através do exame “mapeamento de retina” realizado pelo médico oftalmologista.
Nos pacientes com o diagnóstico de Retinopatia Diabética o tratamento, no momento do exame, é indicado baseando-se nas manifestações oculares presentes. Já naqueles pacientes diabéticos, que não apresentam a retinopatia, o seguimento anual se faz necessário como medida preventiva.

Tratamentos

O controle rigoroso do diabetes com uma dieta adequada, uso de pílulas hipoglicemiantes, insulina ou com uma combinação desses tratamentos, prescritos pelo médico endocrinologista, são a principal forma de evitar a Retinopatia Diabética.
Fotocoagulação por raio laser é o procedimento pelo qual pequenas áreas da retina doente são cauterizadas com a luz de um raio-laser na tentativa de prevenir o processo de hemorragia. Aplicações intra oculares de agentes anti VEGF (Lucentes e Avastim) são alternativas terapêuticas nos casos de edema macular associado.
O ideal é que esses tratamentos sejam administrados no início da doença, possibilitando melhores resultados, por isso é extremamente importante a consulta periódica ao oftalmologista.

[message_box title=”Dra Karina Teixeira e Silva Ferreira” color=”yellow”]Graduada pela UFTM – Universidade Federal do Triângulo Mineiro
Especialista em Retina pela UnB – Universidade de Brasília[/message_box]

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